• 28 de March de 2024
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Serra Catarinense: um pedacinho da Europa no sul do Brasil

Serra Catarinense: um pedacinho da Europa no sul do Brasil

Por: Paulo Panayotis | São Paulo - Brasil Categoria: Colunista

Serra Catarinense: um pedacinho da Europa no sul do Brasil

Urupema, Serra Catarinense – Brasil. Os termômetros marcam 6 graus de temperatura. É minha primeira noite na cidade que se auto intitula como a mais fria do Brasil. “Já atingimos temperaturas de menos 18 graus, afirma com uma ponta de orgulho Ednei Alves, dono da Pousada onde estou hospedado.

                                          Mirante de Urupema: temperaturas negativas no inverno

Há dez quilômetros de Urupema, na área rural, acordo diariamente com uma névoa bruxuleante e um frio daqueles. Quem me desperta são vaquinhas que estão na ordenha. Após uma boa xicara de chocolate fumegante, estou pronto para conhecer as redondezas. Dentre outras atividades do turismo rural, está uma que adoro: colher frutas diretamente no pomar. “Colhemos cerca de 700 toneladas de macas a cada ano. Somo pequenos produtores, completa o envergonhado Ednei, me ajudando na minha primeira colheita de reluzentes e vermelhas macas Fuji. Jamais esquecerei o sabor do fruto fresco e ainda bem gelado. Comi duas enormes, uma atrás da outra. Lembrei da primeira vez que colhi macas no interior da Franca e  imediatamente da Europa.

          Maçãs Fuji, nome herdado dos japoneses que trouxeram os primeiros frutos ao Brasil

 Aliás, tudo me lembra muito o clima do velho continente. Estou adorando cada segundo desta viagem. Apesar de conhecer todo o Brasil, nunca estive na Serra Catarinense. Um casal de amigos, que se cansou do stress de São Paulo, comprou um terreno em Urubici e está terminando de construir a casa dos sonhos. Aliás, Urubici é outra pequena joia da Serra. Há uma década era praticamente desconhecida. Hoje, ostenta restaurantes gastronômicos, pesca de trutas, lojas badaladas mas ainda mantem um clima de cidade do interior. Ainda! Porque nos feriados, a cidade entope de paulistas, gaúchos e até mesmo de turistas nordestinos. Por lá, além de muita sofisticação, uma obra única da natureza: a serra do Corvo Branco!

         Serra do Corvo Branco: gigantismo humano

Trata-se da serra com o maior corte de rochas, feita pelo homem, de todo o Brasil e atinge 90 metros de profundidade, explica essa minha amiga que se cansou dos arranha céus paulistanos e olha, com claro orgulho, para esse arranha céu natural que, claro, recebeu uma mãozinha humana. No dia em que fomos conhecer, estava praticamente intransitável: era feriado e havia dezenas de “turistas” travando todo o caminho para tirar “selfies”! Nada é perfeito, certo?

                                         Sao Joaquim ou Urupema, qual a mais fria?

Outra cidade pela qual me apaixono na querida e até agora desconhecida Serra Catarinense, é São Joaquim! Divide com Urupema o título de mais fria do Brasil. Menos badalada e ainda relativamente desconhecida pelas hordas do turismo de massa, o município, que também vive da agricultura e do turismo de inverno, é lindinha. Tem canteiros com diversas flores, inclusive lavandas, espalhados pela cidade. Mais uma vez, vem a Europa povoar minhas recordações. Com muitas opções de hospedagem bem mais em conta que Urubici, sua prima badalada, seguramente voltarei não só para São Joaquim como para a Serra Catarinense. Especialmente porque adorei conhecer a Serra do Rio do Rastro! Inacreditável construção humana, a serra é um imã para motociclistas que vibram descendo ou subindo por suas 284 curvas e seus 1.421 metros de altitude! Simplesmente fantástico! Brasil com cara de Europa, só que em real! Em tempos de euro a quase sete reais é uma excelente opção já que nosso dinheiro virou pó nos últimos anos. E pó por pó, prefira o pó da Serra do Corvo Branco ou do Rio do Rastro.

         Jornalista Paulo Panayotis na Serra do Rio do Rastro: emocionante

Serviço: Fui de carro, parando em Curitiba para pernoitar. Em seguida fiz Urupema, Urubici e São Joaquim, terminando em Floripa antes de retornar. Foram nove dias, 2 mil e cem km e muitas, muitas descobertas. Quer mais dicas sobre essa rota, onde me hospedei, restaurantes? Me manda um e mail que detalho para você. ppanayotis@oquevipelomundo.com.br  ou vai lá no portal www.quevipelomundo.com.br

fotos : Paulo Panayotis & Adriana Reis

O jornalista é ex-correpondente internacional, escritor e especializado em curadoria pela Europa. www.oquevipelomundo.com.br

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