• 1 de May de 2024
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Buenos Aires ou Belo Horizonte para um bate e volta?

Buenos Aires ou Belo Horizonte para um bate e volta?

Por: Paulo Panayotis | São Paulo - Brasil Categoria: Colunista

Buenos Aires ou Belo Horizonte para um bate e volta?

Buenos Aires/Argentina . “Senhores passageiros dentro de alguns instantes estaremos pousando no Aeroporto Jorge Newbey, em Buenos Aires.” Mais conhecido por Aeroparque, o aeroporto da capital argentina é como se fosse Congonhas, em São Paulo. Fica dentro da cidade, a apenas 15 minutos do centro. O voo? Duas horas e 50 minutos de São Paulo. Fazia muito tempo que não voltava para a capital portenha, seguramente mais de 15 anos. Acabei de retornar de lá, num quase bate e volta de quatro dias, entre 26 e 30 de dezembro e não me arrependi da escolha.


Puerto Madero, uma das mais procuradas regiões de Buenos Aires para passear por causa de seus famosos restaurantes

A escolha inicial aliás, era passar alguns dias de folga nas montanhas de Minas Gerais. Ficamos sabendo da folga quase em cima da hora, portanto, procurar por algo “em conta” e com boa relação custo benefício tinha de ser rápido e certeiro. Encontrei uma pousada excelente nas montanhas de Minas, prá lá de “Béoizonte”. Fiz as contas “rapidin”: passagens aéreas, hospedagem, alimentação e... desisti! Por curiosidade e quase desespero, pesquisei rapidamente passagens para Buenos Aires, na Argentina! Sim, em outro país! E não é que ficou mais barato e mais excitante ir rever “los Hermanos”???

Museu de Belas Artes de Buenos Aires

Na pousada, novinha em folha em MG, a diária saia por R$ 1.300,00 x quatro noites = R$ 5.200,00 ( e sem café da manhã!!!). Mais as passagens aéreas SP/BH/SP, aluguel de carro, gasolina, refeições, etc, a conta passou fácil dos R$ 10.000,00 uai! Por quatro dias? Aqui ao lado de SP?

Na terra da parilla e dos campões do mundo!

Achei duas passagens para Buenos Aires, pela Latam, por R$ 4.000,00 ida e volta para SP. Consegui um hotel excepcional, quatro estrelas, no coração da capital argentina, ao lado do Teatro Colón, por EU$ 50,00 a diária. Algo em torno de R$ 300,00. E com excepcional café da manhã, piscina aquecida e mimos na chegada. Ah, e sempre tinha água saborizada com morangos, hortelã e outras frutas na recepção.

Pescados e frutos do mar à La Plancha, do restaruante José Luiz

Foram quatro dias de resgate emocional e cultural! No Museu de Belas Artes, apreciei obras de classe mundial, incluindo uma exposição permanente de Frida Khalo! E gratuitamente. No Malba, o bem conservado e moderno Museu de Arte Lationamericana de Buenos Aires, encarei frente a frente nossa Tarsíla do Amaral e seu célebre Abaporu! Entrada? Novecentos pesos argentinos o que, no cambio paralelo, saiu menos de R$ 14,00!

Restaurante Plaza Mayor, for do circuito turístico mas sempre com fila

Fugindo da parrila...

Meio que sem querer, acabei visitando dois restaurantes clássudos e clássicos em Buenos Aires: o José Luiz, na Recoleta, e o Plaza Mayor, em Montserrat. Os dois, paradoxalmente, especializados em pescados e frutos do Mar. Em ambos, garçons com décadas de casa nos atenderam com calma, paciência e bom humor.

Salada de frutos do mar do Plaza Mayor: divina

De camarões gigantes, passando por ostras, pescados de excelência e até mesmo um coelho de caçarola, as refeições foram espetaculares. Em média, para duas pessoas, incluindo vinho ou espumante nacional, não saíram por mais de R$ 200,00. Ah, e para não dizer que não falei das parilhas, no último dia fomos a uma clássica, no centro: La Estância, com aqueles espetos monstruosos fincados no solo ao redor de um braseiro gigante: leitão, cordeiro patagônico, vários tipos de linguiça, costela, “viche”, tinha de tudo na Parilla Premiun da casa.

Parilla, parrilha, parilha, um clássico na Argentina

Detalhe: era o prato mais caro e, acompanhado de uma bela garrafa de Malbec, também custou perto dos R$ 200,00! Pode? Pode não! Deve. Você  deve conhecer Buenos Aires. Mesmo quebrada pelos políticos, com gente pobre por todo canto, não perde o encanto, o charme, o glamour. E aí você vai argumentar: mas o peso está extremamente desvalorizado, por isso ficou mais barato do que ir para Minas, uai! E quer razão melhor? “Por supuesto”.

Jornalistas Paulo Panayotis e Adriana Reis com Abaporu


fotos: Paulo Panayotis & Adriana Reis


Paulo Panayotis é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de Tv, escritor e viaja com patrocínio e apoio Avis e Universal Assistance.

 

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