Quando falamos de Butão falamos de Ninho do Tigre. É, sem dúvida, o ponto alto da viagem.
Diz a lenda que, no século VIII, o guru Rinpoche chegou voando nas costas de um tigre ao alto do morro que avança sobre o Vale Paro.
Lá, encontrou uma caverna e nela meditou durantes durante três meses. O local especial, onde esteve o precursor do budismo no Butão, foi então escolhido para abrigar o templo Taktsang, o “ninho do tigre”
Foi em 1692 que o lama Shabdrung Ngawang Namgyal, responsável pela unificação do país, ergueu este, que é o mais sagrado dos monastérios do Butão.
Bem pertinho do centro de Paro está o local do início da subida. Não é um programa para os fracos. São, em média de quatro a seis horas todo o percurso. No início, muitos sorrisos e expectativa.
No meio do caminho, o cansaço, que começa a bater, só é substituído pelas paisagens que deixam o templo cada vez mais próximo. Na última etapa, quando Taktsang está quase na palma da sua mão, surgem dezenas de degraus entre descidas e subidas até que você se vê diante do Ninho do Tigre.
O cansaço dá lugar à sensação de desafio vencido e felicidade. Antes dos últimos degraus, o aviso para deixar todo e qualquer equipamento fotográfico, incluindo telefones celulares, é um lembrete de que aqui no Butão a felicidade não está no mundo virtual. Você precisa ir até lá, sentir e voltar com marcas e lembranças na mente e no coração. É espetacular.
Dica 1: Descanse bem na véspera.
Dica 2: Leve água mineral e lenços umedecidos. Evite mochilas e peso. A caminhada é longa.
Dica 3: Use roupas e casacos impermeáveis porque o tempo é bem instável. Para ter uma ideia, fez frio, calor, choveu e nevou no dia da nossa caminhada até lá.
Dica 4: Os burrinhos que podem ser contratados no início não vão até o templo. Eles conseguem chegar a um trecho da caminhada. Pergunte bem antes de contratar.
Dica 5: Na hora que os burrinhos descem em grupos, encoste bem no lado protegido da caminhada.
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