Liverpool - Inglaterra - Foi a primeira vez que vi neve no Reino Unido. Estive em Liverpool há mais de uma década. Fiquei fascinado. Trabalhava como correspondente em Londres e fui gravar uma reportagem relacionada aos Beatles. Era inverno. Muito frio, muito, muito vento. No bate a volta da capital inglesa, somente conheci o Museu dos Beatles e fiz algumas entrevistas. Fiquei com aquele gosto de quero mais. Hoje, mais de dez anos depois, Liverpool se reinventou.
Os quatro garotos de Liverpool
Se ainda vive em função dos Beatles? Digamos que sim e não! Óbvio que a “aura” do quarteto de rock mais famoso do mundo paira solene por toda a parte. Mas esta cidade a cerca de 350 quilômetros de Londres tem muitas e diversas excelentes atrações para todos, sejam roqueiros ou não. Claro que conhecer o Cavern Club, a “toca’ subterrânea onde os Beatles iniciaram sua meteórica ascensão ao mundo dos astros é obrigatória. Toda noite tem bandas cover tocando por lá. O lugar foi totalmente restaurado, mas mantém uma bem cuidada parte original. O ambiente é sensacional. Quando você ouve os primeiros acordes de “Help, I need somebody, Help”, é impossível ficar com os pés no chão.
Do Cavern para o mundo
Minha dica é se hospedar bem pertinho do Cavern, no Hard Days Night, um hotel temático onde tudo remete aos quatro garotos de Liverpool. Você já chega no quarto ao som dos hits mais conhecidos. Fotos e momentos da banda pelo mundo todo reforçam que, sim, você está num mundo mágico. Falando nisso, outra dica é fazer o passeio chamadoMagical Mystery Tour, um passeio guiado, de ônibus, por todos os pontos icônicos da cidade. Lembra da música Strawberry Fields? Passa por lá, pelo local onde a música foi criada. Penny Lane? Para no local. Casa do Paul Mac McCartney e do John Lenon? Também! E você vai ao som das músicas originais. Sensacional! Super recomendo mesmo que você não seja um fã fanático.
Turista tira foto na casa de John Lenon durante o Magical Mystery Tour
Se for no inverno e estiver chovendo, vai conhecer o Museu de Liverpool. Detalhes únicos da geografia, história e cultura pré-Beatles esperam por você. Extremamente organizado e interessante, vale meio dia de passeio no mínimo. Outra atração imperdível para mim, é a Tate Galery. Sim, Liverpool tem uma! E das boas! Só o coloridíssimo totem de pedras sobrepostas na entrada já valeria o passeio. Mas dentro tem muito mais. Tate, você sabe, é o museu nacional de arte moderna do Reino Unido, que tem sua grande sede em Londres e mais um museu na Cornuália.
Museu de Liverpool: descolado!
Imperdível um passeio pela Albert Docks e o principal píer da cidade que trazem lembranças de uma era quando ninguém nem sonhava com rock, quanto mais com Beatles. Mas um dos passeios que mais me fascinou foi a “British Music Experience”, ou A Experiência Britânica da Música. Pouco conhecida no Brasil, esta atração remete você aos primórdios do rock britânico e, portanto, mundial. Tudo, absolutamente tudo está lá! Os costumes de cada época, os instrumentos, as performances mais famosas, os astros mais conhecidos e badalados e até mesmo os desconhecidos. Dos Beatles a David Bowie, de Adele a Oasis, todos têm seu lugar garantido. E tudo explicado e mostrado em áudio, vídeo, on line e tudo o que você possa imaginar em termos de comunicação interativa. Tem até apresentações de muitos astros em três dimensões! É show!
Jornalista Paulo Panayotis curtindo a “Experiência da Música Britânica”
A entrada custa 14 libras, algo em torno de R$ 70,00. Crianças pagam 9 libras, cerca de R$ 45,00. Mas vale cada centavo. É mágico, pode acreditar. Fiquei pouco tempo em Liverpool, mas foram dias com uma programação intensa. Saí de lá, novamente, com aquele gosto de quero mais! No trem de volta a Londres, que faz a viagem rapidinho, vou cantarolando baixinho: All you need is love... and rock, acrescento por mim mesmo! Liverpool está cada dia mais “cool”!
FOTOS: Paulo Panayotis/Adriana Reis
Jornalistas Paulo Panayotis e Adriana Reis viajaram a Liverpool a convite do Visit Britain, seguro viagem Travel Ace e chip de internet Skillsim.