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O QUE É NOTÍCIA

Novidade reduz índice de bagagem extraviada ou danificada

Novidade reduz índice de bagagem extraviada ou danificada

Categoria: Companhia aérea

Atire a primeira mala quem nunca pensou na possibilidade de ter a bagagem extraviada depois que a despachou no balcão de uma companhia aérea. Você escolhe suas melhores roupas, casacos, perfumes e assessórios para a viagem e, quando desembarca, cadê aquela sua linda mala? Quem já passou por esse sufoco sabe o quanto é angustiante não saber o paradeiro da sua bagagem. Pouca gente sabe, mas, em média, 21,6 milhões de bagagens são extraviadas ou danificadas nos aeroportos por ano em todo o mundo.


Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos - GRU Airport - Crédito: Adriana Reis / Paulo Panayotis

A equipe do portal O Que Vi Pelo Mundo foi até o maior aeroporto do Brasil, o de Guarulhos, em São Paulo, para ver de perto o caminho das malas e conhecer as novidades para reduzir o índice de extravios e danos. Você sabia, por exemplo, que sua mala percorre um caminho de cerca de cinco quilômetros desde a hora que é entregue à companhia aérea até o momento que chega de volta às suas mãos?


Jornalista Adriana Reis acompanha os bastidores do trajeto das bagagens no Aeroporto de Guarulhos - Crédito: Adriana Reis / Paulo Panayotis

Neste caminho, as possibilidades de sua bagagem estragar ou sumir são muitas. E para reduzir esses e outros problemas, a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) propôs a resolução 753 que recomenda, a partir do próximo mês de junho de 2018, que as empresas de transporte aéreo disponibilizem informações on line e em tempo real sobre a bagagem de cada passageiro.


Rubens M. - Operações e Bagagens GRU Airport - Crédito: Adriana Reis / Paulo Panayotis

Desta forma, será possível saber exatamente onde está a bagagem durante todo o trajeto dela. “Temos quatro níveis de segurança e rastreamento”, explica Rubens Maciel, responsável pela operação de terminal e bagagem no aeroporto de Guarulhos. Ele mostrou cada uma das etapas e como o modelo de rastreamento é importante tanto para o passageiro quanto para a companhia aérea.


Raio x interno na checagem das bagagens no Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos - Crédito: Adriana Reis / Paulo Panayotis

São quatro momentos principais: o primeiro é uma checagem automática por meio de sensores, o segundo é manual com visualização via computador; o terceiro é mais minuciosa via tomógrafo computadorizado e o quarto é manual detalhado com visualização em 3 D.


Tomógrafo na checagem de bagagens no Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos - Crédito: Adriana Reis / Paulo Panayotis

Nos bastidores do caminho da bagagem, acompanhamos desde o momento que a mala entra na primeira esteira, no check in, passando pelas esteiras onde são feitas as leituras de código de barras, rastreamento de produtos ou substâncias proibidas, análises de conteúdos suspeitos, troca de esteiras, passagem pelo raio x interno e até o tomógrafo computadorizado, em caso de malas suspeitas.


Sistemas de rastreamento das bagagens no Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos - Crédito: Adriana Reis / Paulo Panayotis

A Sociedade Internacional de Telecomunicações Aeronáuticas (SITA), especialista mundial em serviços de tecnologia para o transporte aéreo, apresentou seu sistema de rastreamento que, segundo a empresa, tem ajudado a reduzir o problema de extravio e danos.


Preparação para embarque de bagagens no Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos - Crédito: Adriana Reis / Paulo Panayotis

“O modelo permite o acompanhamento em quatro etapas fundamentais: quando a bagagem entregue pelo passageiro está no aeroporto, quando ela é entregue à aeronave, quando ela é transferida de um avião para outro, no caso de conexões, e quando ela retorna ao cliente”, detalha Marcelo Arraes, diretor da SITA. A ideia, segundo o especialista em operações da SITA, Carlos Sevciuc, é que o passageiro possa acompanhar também em tempo real todo o trajeto e viajar tranquilo sabendo que sua bagagem estará na esteira no seu destino final.


Equipes GRU Airport e SITA no Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos - Crédito: Adriana Reis / Paulo Panayotis

O modelo já adotado por diversas companhias aéreas deve reduzir o índice de problemas com malas e deixar passageiros e empresas mais seguros. De acordo com dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), atualmente os prejuízos deste setor são de aproximadamente 2,1 bilhões de dólares americanos para as companhias aéreas e passageiros. Cerca de 250 aeroportos do mundo e mais de 550 companhias aéreas já usam a tecnologia SITA e a tendência é a redução dos prejuízos.  Se, de acordo com as estimativas da Organização Mundial do Turismo (OMT), o número de viajantes deve aumentar entre 4% a 5% neste ano, reduzir o extravio e danos às bagagens deve se tornar uma prioridade para todos.

Números e curiosidades sobre o Aeroporto Internacional de São Paulo Guarulhos:

  • foi inaugurado em 20 de janeiro de 1985.
  • é o maior aeroporto da América do Sul
  • é administrado pelo GRU Airport desde 2013.
  • possui quatro terminais
  • recebe em média 3 milhões de passageiros por mês
  • tem voos de 42 companhias aéreas
  • tem uma circulação de aproximadamente 105 mil passageiros por dia
  • possui 362 balcões de check-in
  • manuseia cerca de 430 mil toneladas de cargas por ano
  • processa 3 mil bagagens por dia no terminal 1
  • processa 32 mil bagagens por dia no terminal 2
  • processa 17 mil bagagens por dia no terminal 3

Adriana Reis

13.04.2018