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Travel trends talks 2018: e o luxo virou outra coisa!

Travel trends talks 2018: e o luxo virou outra coisa!

Categoria: Eventos

São Paulo/SP Uma das grandes preocupações do portal O Que Vi Pelo Mundo sempre foi a discussão da indústria do turismo: uma indústria bilionária que, mundo afora, gera emprego e renda de forma profissional, consistente, ininterrupta. No Brasil, a indústria do turismo ainda é “tratada” como uma espécie de feudo. “Por aqui, ideias antigas são pilares basais, investimento em marketing é considerado supérfluo e criatividade vem sempre depois de lucro, afirma Paulo Panayotis, jornalista, correspondente internacional com especialização em turismo.Por isso vemos com muita alegria este sopro de discussão séria sobre a indústria do turismo no Brasil promovido pela HOTELNEWS e por Aline Silva, especialista em hospitalidade. “Com capacidade para alavancar boa parte da cadeia produtiva brasileira, o turismo no Brasil ainda é incipiente perto do que poderia ser, conclui Paulo Panayotis.

Da esquerda para a direita: Ricardo Hida, Promonde, Lucas Terra, da Livework Studio, Paulo Panayotis do InfoMoney e Portal OQVPM, Márcio Loducca, HotelNews, Marcos Swarowsky, Expedia, Marcelo Bicudo, Allpoints, Bruno Carramenha, Cappellano & Carramenha Comunicação, Raquel Lima, Expedia, Maria Alice Cavalcanti, The Global Nomads, Fernanda Borghese, Coletivo Sabiar, Aline Silva, e Alessandra Leite, HotelNews
O que é a TTT?
Sete profissionais, em áreas distintas no turismo, participaram do Primeiro Travel Trends Talks, realizado nesta quarta, 25 de abril, no Hotel Fasano, em São Paulo. Baseados na pesquisa “Skift Megatrends 2018”, os especialistas falaram sobre um pouco de tudo que será tendência em 2018 mas sempre com uma ênfase: o consumidor final e a forma como cativá-lo em tempos de internet e “over-information”. Experiências de viagem, novos conceitos de luxo, transformação e profissionalização do trade turístico e as necessidades deste novo público “conectado” mereceram destaque.
A caipirinha africana
Fui encarregado de fazer a caipirinha, uma verdadeira embaixadora do Brasil lá fora. Estava na África, em um resort de safari no meio do nada. Fiz meu melhor. No dia seguinte, antes de partir, os funcionários pareciam ansiosos, dispara Marcio Loducca, da HotelNews.  Nos levaram para um local isolado e, servindo caipirinha para todos, perguntaram? Acertamos? É assim a verdadeira caipirinha brasileira, perguntaram os funcionários? Chorei, conclui Loducca . Virei fã, nunca mais me esqueci, relembra ele. Experiências deste tipo, conclui, dificilmente ocorrem no Brasil, não importa quanto você gaste.
É possível no Brasil?
Para que isso ocorra, garante Bruno Carramenha, um dos palestrantes, a mentalidade das empresas tem que mudar. “Somos de fato um país aberto, sem preconceitos?” alfineta ele. A prática mostra que não, pois, sempre que ocorre uma discriminação ou bulling, o que fazem os gestores? Relativizam, passam a mão na cabeça e desconversam, afirma ele. É preciso que as empresas entendam que seus funcionários fazem parte da sociedade e, portanto, tem que interagir com ela. São os funcionários, conclui, os embaixadores do hotel, da companhia de aviação, enfim, da empresa.

          Ricardo Hida, da Promonde
Os números não mentem
Somente a França recebe quase 90 milhões de turistas a cada ano. E, mais espantoso ainda, sabem quais são os turistas que mais visitaram Paris em 2017? Os próprios franceses. Depois vieram os norte-americanos, os britânicos, os chineses e os alemães. Só Londres, capital da Inglaterra, teve quase 20 milhões de turistas visitando o Big Bem e os parques reais, entre outras atrações, no ano passado. E o Brasil? Bateu recorde, segundo o governo, de visitas de turistas estrangeiros em 2017: seis milhões e meio! Números pífios, para não dizer vergonhosos com a quantidade e qualidade de atrações que temos por aqui.
Fora da caixinha da mesmice
Falta investimento, falta pensar fora da caixinha, falta política séria direcionada para o setor, afirma Ricardo Hida, da Promonde. Não somente no Brasil, conclui ele, mas em todo o mundo, os empreendimentos hoteleiros tem que  se reinventar e se transformar em centros de tudo: laser, hospedagem, negócios, etc. De fato, a política pública no setor de turismo no Brasil sofre de “crise aguda de descontinuidade administrativa”. A cada ministro novo, o governo anuncia um plano diferente do anterior. E, frequentemente, nem o anterior nem o novo saem do papel

E o luxo virou outra coisa...

          Maria Alice Cavalcanti, da Digital Nomads
“Faltam mais relações humanas na hotelaria brasileira, dispara Maria Alice Cavalcanti, da The Global Nomades, empresa especializada em viagens de transformação. “A tendência atual no mundo é a realização pessoal durante as viagens, durante as experiências, afirma ela.  Por isso luxo virou outra coisa, não é mais somente um hotel cinco estrelas, um jantar bacana com champagne. O luxo extremo hoje, no mundo, é a realização pessoal garante a empresaria. E este púlbico, ainda embrionário no Brasil, é crescente. O turista brasileiro começa a entender que viajar é se transformar. Não é apenas ir ver onde o vinho é produzido, mas sim como e por quem este vinho é produzido. Seja na França seja no Butão, conclui ela.
FOTOS: TravelNews/Paulo Panaytis
Leia aqui, um resumo completo do que foi abordado e discutido neste primeira edição  da Travel Trends Talks .

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